sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Floripa Instrumental: Músicos e Comunidade da Freguesia afinados


A comunidade do Ribeirão da Ilha já vive o clima de confraternização musical que o Floripa Instrumental promete para o próximo final de semana. As melhores cozinheiras da região, reunidas no grande salão comunitário da Paróquia Nossa Senhora da Lapa, preparam os ingredientes que farão parte de um banquete destinado a saciar o apetite de quem for curtir os dois dias de música. Dos torpedos de camarão e ostras gratinadas ao risoto de camarão, o festival gastronômico promete. Como se não bastasse, os músicos que farão parte da festa na Freguesia, já adiantaram que tocar naquele local será de uma inspiração “divina”.


Arismar do Espírito Santo, que faz um dos shows mais esperados do sábado, ao lado de Toninho Horta e Robertinho Silva, avisa que não vê a hora de tocar em um lugar “abençoado” como o Ribeirão da Ilha, que segundo ele, tem um povo extremamente musical. “Vamos tocar o repertório de nosso disco, Cape Horn, e também alguns hits, como Beijo Partido e Manuel, o Audaz, de Toninho; e Sonhando Acordado e Vestido Longo, meus”, diz. O multi-instrumentista também espera encontrar grandes amigos entre os músicos que tocam no sábado, como o trompetista gaúcho, Jorginho do Trompete. “Vai ser genial poder encontrar o Jorginho e todos os músicos que participam desse festival”, lembra Arismar.

O mesmo espírito de confraternização também move o violonista Yamandu Costa, que toca com os músicos do Ginga do Mané. “Estou feliz por poder voltar à Ilha e encontrar todo mundo de novo, em um festival já pode ser considerado um patrimônio cultural da cidade, não é mesmo?”, enfatiza Yamandu, recém saído do estúdio onde finaliza seu mais recente trabalho. O violonista adianta que vai tocar duas músicas solo e depois cair no choro com os músicos do Ginga. “Sou um chorão por opção, porque essa é a minha praia, e uma linguagem que todo músico brasileiro deve dominar”, diz. O músico gaúcho, radicado há 10 anos no Rio de Janeiro, adianta que também está finalizando um disco só com composições próprias, que estão sendo mixadas em um estúdio no Rio Vermelho, no norte da Ilha.

Para Zito Nerto Fraga, coordenador do Conselho Pastoral Comunitário da Paróquia, a população do Ribeirão, verdadeiros anfitriões da festa, já estão mobilizadas para acolher o público e fazer novamente do Floripa Instrumental um momento mágico e inesquecível para a cidade. Ele lembra que a Banda da Lapa, entidade fundada há 115 anos no Ribeirão, e que encerrará o evento no domingo, está contagiada pela alegria e as parcerias que o festival proporciona. Com um trabalho comunitário e cultural muito bem estruturado na região, a Banda da Lapa conta com aproximadamente 25 músicos das mais diversas idades e procedências, acolhidos no Ribeirão. “Não quero arriscar, mas diria que o Floripa Instrumental, de tantas nuances musicais e com tantos músicos de primeira linha, pode acabar em carnaval, nas mãos dos nossos músicos da Banda da Lapa”, diverte-se Zito.

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