terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Documentário recupera a trajetória de Valda Costa na arte catarinense

Na Ilha de Santa Catarina, as décadas de 70 e 80 foram de artistas e de revoluções. Uma Florianópolis ainda com ares de província cuidava de não parar no tempo. À cargo dessa movida estavam jornalistas, músicos e artistas plásticos. Pintores inovadores como Max Moura, Jayro Schmidt, Rodrigo de Haro e Janga, entre outros, conviviam com ícones de um modernismo tardio e exuberante, nas figuras de Martinho de Haro, Silvio Pléticos, Vechietti e Meyer Filho.

Nesse caldeirão efervescente que refletia passado, presente e futuro surge a pintora Vivalda Costa, a Valda. Autodidata, negra e muito bonita, ela seria modelo e musa de Martinho de Haro, de quem soube recolher os melhores conselhos para sua palheta. Mas Valda foi além. Pintou a ilha e seus costumes, pintou os morros, as favelas, o folclore. Foi classificada de naif, quando na verdade superou os limites dessa escola, tornando-se única em sua arte.

No documentário Caminhos de Valda, o jornalista e historiador Marlon Aseff recupera a trajetória da artista desde seus primeiros passos na comunidade do Morro do Mocotó, até sua morte prematura, em 1993. Para mostrar a arte de Valda Costa e rememorar seus caminhos por aquela Florianópolis de outrora, o diretor buscou o depoimento de amigos, familiares e colegas de arte. Também selecionou algumas das mais significativas obras da artista, que viveu intensamente sua pintura, até a morte. O documentário, de aproximadamente 26 minutos, foi realizado com recursos do prêmio do Edital Catarinense de Cinema, do Governo do Estado de Santa Catarina.

Confira as imagens da estréia do filme, dia 18 de dezembro de 2012, no Museu Victor Meirelles.
(fotos obtidas no blog Mar Que Falta, Museu Victor Meirelles). Veja também o vídeo registrado pela equipe do Museu, aqui.