Por mais de 75 anos, o povo
palestino vem lutando, corajosamente, pelos seus direitos fundamentais,
autodeterminação, independência, justiça e soberania.
Os atos de resistência, sejam eles pacíficos ou armados, são uma resposta legítima à opressão e ocupação israelenses, aos bloqueios de Gaza e à continuação da colonização ilegal, dentro do território palestino, segundo as resoluções da ONU, resultando na expulsão de centenas de milhares de palestinos de suas terras de origem. Condenamos, veementemente, os abusos perpetrados pelo estado sionista de Israel, que, inclusive antes dos ataques de vingança indiscriminados de hoje que causaram centenas de mortes, já destruíam infra-estruturas palestinas e matam numerosos civis, incluindo crianças.
A recente intensificação da política de colonização israelita de territórios palestinos, com a aprovação dos Estados Unidos, constitui uma violação flagrante do direito internacional, contrariando as resoluções das Nações Unidas e comprometendo gravemente a possibilidade de uma paz justa e duradoura. Os colonatos israelenses ilegais resultam no confisco de terras e na demolição de casas palestinas, na restrição de movimentos, restringindo o direito de ir e vir e demais liberdades essenciais e na humilhação diária do povo palestino. Agora, os sionistas pretendem ocupar lugares sagrados para os muçulmanos, como a região da mesquita Al-Aqsa em Jerusalém.
Expressando a nossa preocupação e inquietação com a escalada
do conflito, em particular com as suas trágicas consequências para as
populações, alertamos para o perigo do seu alastramento, numa região já
martirizada por décadas de ocupação, guerra e subversão por parte dos Estados
Unidos da América, de Israel dirigida pelo partido Likud, de extrema direita,
das potências da OTAN e da UE – seja no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, no
Líbano, na Palestina ou na Síria, entre outros exemplos –, que espalharam a
morte e a destruição e geraram milhões de refugiados.
Quando por décadas não estão sendo cumpridas as resoluções
dos organismos internacionais que preveem a criação de dois Estados, a Célula
Internacionalista do PCB – RR/RS reafirma a necessidade de uma solução política
que garanta a concretização do direito do povo palestino a um Estado soberano e
independente, com as fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental, e com o efetivo
retorno dos refugiados palestinos às suas terras, conforme as resoluções
pertinentes da ONU.
Nós militamos pela solidariedade internacional dos povos, em
particular de todos aqueles oprimidos pelo eixo EUA-UE-OTAN e pelos seus
aliados, como o governo de Israel, e pela necessidade de reforçar o movimento
de solidariedade à Palestina em todo o mundo.
Por Humberto Carvalho, Célula Internacionalista do PCB RR
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