A foto da candidata a presidência Dilma Roussef, tirada nos porões da ditadura e recriada em estilo "Andy Wahrol" pode até parecer alegre e bonita, uma espécie de imagem-ícone, ideal para uma campanha política. Na verdade, embora de uma beleza inegável, a imagem de Dilma refletia um enfrentamento "olho no olho" do regime militar. O olhar desafiador revela a firmeza de propósitos e um desprendimento pela causa, pois nada garantia que ela sairia viva depois desse retrato. O mais certo é que fosse "desaparecida" , a exemplo de centenas de companheiros que se negaram a aceitar o autoritarismo que se instalou no país a partir de 31 de março de 1964. Mas a ferida da ditadura brasileira ainda está aberta. Ao contrário da Argentina e Uruguai, que se propuseram a passar a limpo esse tenebroso passado, o Brasil insiste em tapar o sol com a peneira, em esconder os crimes e os culpados, até mesmo com a anuência do governo da futura presidenta. Veja algumas reportagens realizadas nesta semana pelo colega Rodrigo Vianna, que mexe nesse passado sombrio: Parte 1, Parte 2, Parte 3 e Parte 4.
Imagem gentilmente cedida por Cristóvão Feil, do blog DiarioGauche. Vídeos enviados por Jair Krischke, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do RS.
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