sexta-feira, 13 de outubro de 2023

 

“É sempre o opressor e não o oprimido 
quem determina a forma de luta” (Nelson Mandela)



 

Por mais de 75 anos, o povo palestino vem lutando, corajosamente, pelos seus direitos fundamentais, autodeterminação, independência, justiça e soberania.

Os atos de resistência, sejam eles pacíficos ou armados, são uma resposta legítima à opressão e ocupação israelenses, aos bloqueios de Gaza e à continuação da colonização ilegal, dentro do território palestino, segundo as resoluções da ONU, resultando na expulsão de centenas de milhares de palestinos de suas terras de origem. Condenamos, veementemente, os abusos perpetrados pelo estado sionista de Israel, que, inclusive antes dos ataques de vingança indiscriminados de hoje que causaram centenas de mortes, já destruíam infra-estruturas palestinas e matam numerosos civis, incluindo crianças.

A recente intensificação da política de colonização israelita de territórios palestinos, com a aprovação dos Estados Unidos, constitui uma violação flagrante do direito internacional, contrariando as resoluções das Nações Unidas e comprometendo gravemente a possibilidade de uma paz justa e duradoura. Os colonatos israelenses ilegais resultam no confisco de terras e na demolição de casas palestinas, na restrição de movimentos, restringindo o direito de ir e vir e demais liberdades essenciais e na humilhação diária do povo palestino. Agora, os sionistas pretendem ocupar lugares sagrados para os muçulmanos, como a região da mesquita Al-Aqsa em Jerusalém.

 A responsabilidade pelo que se está ocorrendo, nos dias de hoje, entre Israel e a Palestina, deve ser encontrada naqueles que incentivaram o desrespeito pelos direitos do povo palestino e na política terrorista do governo de Israel apoiada pelos EUA, constituída de um regime de apartheid, na realização de limpeza étnica  e na prática de um genocídio de palestinos.

Expressando a nossa preocupação e inquietação com a escalada do conflito, em particular com as suas trágicas consequências para as populações, alertamos para o perigo do seu alastramento, numa região já martirizada por décadas de ocupação, guerra e subversão por parte dos Estados Unidos da América, de Israel dirigida pelo partido Likud, de extrema direita, das potências da OTAN e da UE – seja no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, no Líbano, na Palestina ou na Síria, entre outros exemplos –, que espalharam a morte e a destruição e geraram milhões de refugiados.

Quando por décadas não estão sendo cumpridas as resoluções dos organismos internacionais que preveem a criação de dois Estados, a Célula Internacionalista do PCB – RR/RS reafirma a necessidade de uma solução política que garanta a concretização do direito do povo palestino a um Estado soberano e independente, com as fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental, e  com o efetivo  retorno dos refugiados palestinos às suas terras, conforme as resoluções pertinentes da ONU.

Nós militamos pela solidariedade internacional dos povos, em particular de todos aqueles oprimidos pelo eixo EUA-UE-OTAN e pelos seus aliados, como o governo de Israel, e pela necessidade de reforçar o movimento de solidariedade à Palestina em todo o mundo.

 Porque, em última análise, não se trata tão-só da liberdade da Palestina, mas trata-se da liberdade de todas as nações do mundo agredidas pelo imperialismo, incluindo as liberdades democráticas em Israel, que estão sendo ameaçadas pelo governo de Netanyahu, com a reforma do judiciário, por exemplo.

 Solidários estamos com povos do mundo que estão sujeitos à desestabilização e às consequências das políticas imperialistas, até mesmo exterministas extremistas, do eixo EUA-UE-OTAN e dos seus aliados.

 Nós continuaremos a denunciar a opressão do governo de extrema direita de Israel e do imperialismo e a trabalhar por um futuro de paz e liberdade ao povo palestino.

 Apelamos à unidade de todos os progressistas, ativistas dos direitos humanos e amantes da paz entre os povos para pôr fim à opressão e ocupação israelense, para a criação de um Estado palestino soberano e indeependente, para a realização dos direitos inalienáveis ​​dos palestinos, com as fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental e a efetivação do  retorno dos refugiados palestinos às suas terras, conforme as resoluções pertinentes da ONU.

 

 

Por Humberto Carvalho, Célula Internacionalista do PCB RR