terça-feira, 26 de março de 2013

Personagens do mundo árabe fronteiriço


Em 1910, Elias Saad Saquer, aos 14 anos, empreendeu viagem solitária rumo a América do Sul. Com outros companheiros libaneses, chegou ao Uruguai. Muitos outros jovens seguiram este roteiro para outros países como Brasil, Argentina, Chile, México, tentando escapar do alistamento militar obrigatório. Chegando ao porto de Montevideo foi acolhido por uma familia de pioneiros. Sem  dinheiro e não sabendo para onde ir, os amigos indicaram a cidade de Tranqueras. Ali Elias conheceu alguns conterranêos da sua aldeia, trabalhou, constituiu familia  e integrou-se a cultura uruguaia. Faleceu em 1963. (Acervo José Maria Almada Sad ) 


 Fouad Azario Chein, naturalizado brasileiro, Fouad Azario dos Santos, emigrou para o Brasil quando ainda era bebê, com seus pais e o irmão Inácio. Nos anos cinquenta os irmãos inauguraram a Casa Chein, célebre na memória fronteiriça pelo histórico slogan: Vamos a Casa Chein? onde um cruzeiro vale cem! 
Seu Fouad, com 99 anos ainda atende diariamente seu comércio com uma simpatia ímpar que a comunidade admira há mais de setenta anos.

Familia de imigrantes libaneses: Khalil Aseff e Rosa Felis, em reunião dominical no quintal de seus compadres, Salomón Bouchacourt e Saide Najas Keirus, em Rivera, meados dos anos trinta. Os amigos provenientes de Bcharre chegaram ao Uruguai em 1901.

  Carteira de estrangeiro de Khalil Aseff, dos anos 40.




 O escritor e poeta uruguaio-libanês, Antonio Dib Seluja Cecín, autor de Los Libaneses en el Uruguay, fotografado em julho de 2011.


 Grupos de amigos libaneses e palestinos em reunião descontraída nas manhãs dominicais no Parque Internacional, meados dos anos 50. (Acervo Sami Kazakka)

 
Fouad El Ters chegou ao Uruguai em 1956, onde fundou a Casa Oriental, na Calle Agraciada, em Rivera. 
É assiduo frequentador do "Clube" do amigo Ibrahim Tarabay, localizado do outro lado da linha divisória brasileira, na Avenida João Pessoa. No meio da tarde a Casa Líbano, recebe a visita de amigos palestinos e libaneses, que reunidos conversam em árabe.



Mohamad El Haninni, poeta e escritor palestino, reside em Santana do Livramento desde os anos oitenta.
Autor de obra extensa, tem livros publicados na Palestina e Brasil, membro da Academia Santanense de Letras e da Sociedade Árabe Palestina. (Acervo A Platéia)




 Luiz Normey Cecín, professor e comerciante, filho de Elias e Luisa Normey, em sua casa em Rivera.



Ibrahim Tarabay, em sua loja, o Varejo Líbano, em Santana do Livramento, 2008. Ibrahim reside em Rivera desde sua chegada ao Uruguai, em 1951, porém sempre possuiu comércio do lado brasileiro da fronteira.



 Monir Suleiman, médico e presidente da Sociedade Árabe Palestina de Santana do Livramento, 2008.



Rage Maluf, comerciante libanês e ativista cultural entre a comunidade árabe nas décadas de 40 e 60. Em sua loja recebia os amigos para uma descontraida reunião árabe. (Acervo Família Maluf)


Miguel Salim Gabriel, oriundo de Zaida, chegou ao Brasil em 1902. Foi mascate pela campanha fronteiriça e em seguida radicou-se em santana do Livramento, fundando em 1912 a tradicional Casa Salim. (Acervo Familia Salim)


 Isabel Najas, uma uruguaia arabizada, casou-se com o libanês Mussi Najas entrando para o mundo árabe. Aprendeu a lingua, a cuilinária e os costumes da terra de seu marido. Com seus vigorosos 95 anos, é admirada pela comunidade libanesa de Rivera, militante e amante da política, desde adolescente milita nos quadros do Partido Nacional, (Blanco). Seus maiores idolos : Aparicio Saravia e San Charbel.


Nedi Normey Secím. Pianista e cantora lírica, nos anos trinta gravou como solista de ópera no Teatro Sodre, em Montevideo. Incansável, a mestre nonagenéria ensinou piano da sala de estar de sua residência, na Calle Brasil, em Rivera. Desde pequena Nedi encantava as plateias com sua voz singular, seja nos saraus particulares, na missa ou nas reuniões da Sociedade Libanesa, onde costumava cantar. Foto de 2010.

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