segunda-feira, 18 de março de 2019

A destruição total do perdedor

por André Lobão 


A visita oficial aos EUA do presidente do Brasil passa a sensação de capitulação e derrota ao Brasil. Perdemos uma guerra sem que tivessem ocorrido tiros, deslocamento de infantarias e bombardeios aéreos. Foi um exemplo prático da chamada Guerra Híbrida, uma tática que aplica política, mentiras e outros métodos de influência comunicacional em que se produz desconstrução de reputações, perseguições (lawfare) e intervenção eleitoral externa.
Em três anos o Brasil está sendo desmontado, privatizado, e, principalmente, humilhado. Para os conquistadores a práxis é humilhar os inimigos vencidos, seja pela destruição da estima deste povo com ações que vão desde a barbárie contra mulheres, talvez isso possa explicar o alto índice de feminicídios que ocorrem atualmente no Brasil; retirada de direitos trabalhistas e previdenciários; perda de nossas riquezas como o petróleo; a base aeroespacial de Alcântara/MA; destruição da cultura e educação e desmonte de tudo que o perdedor tenha deixado como legado.

Assim foi feito na Alemanha do pós-guerra, Iraque com a ocupação americana, Síria com grupos como o Estado Islâmico e na Palestina sob a implacável ditadura de Israel. Mas aqui tudo foi diferente, aconteceu e acontece em doses homeopáticas, de forma que seja absorvido e encarado pelo povo como “mudança” e na base da resiliência, com a mídia fazendo claramente isso. Em banquete com seus gurus políticos da extrema direita americana Bolsonaro disse que é preciso “desconstruir muitas coisas no Brasil para construir outras”. Essa é a exata e triste realidade que estamos no Brasil sendo submetidos. Pagamos o preço da derrota de uma guerra.

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